Muitas vezes as empresas quando pensam em digitalização pensam de forma egocêntrica. Pensam em tornar os seus processos internos mais rápidos, ou otimizá-los ao ponto de não ter de contratar mais pessoas.
Contudo o foco não deveria nunca esse. O foco devem ser os clientes, pois as empresas vivem para acrescentar valor para os seus clientes!
É por essa razão que se deve começar por aquilo que provoca mais “dores” aos nossos clientes, por aquilo que terá um maior impacto positivo para eles. Essencialmente, focando-nos em melhorar e otimizar aquilo em que não somos tão bons comparativamente com a nossa concorrência, ou seja, aquilo em que faz mesmo sentido começarmos a mudar e a transformar!
Antes de iniciar um processo de transformação digital, é imprescindível, saber olhar para fora, para o lado dos clientes, dos parceiros e fornecedores, isto é, olhar para o mercado e para aquilo que nos estão a exigir, para, ao respondermos a essas exigências, ganharmos cada vez maior vantagem competitiva!
Também extremamente recomendável, será, começar pequeno, passo a passo, e não com uma grande empreitada complexa para toda a empresa como, infelizmente vemos acontecer frequentemente. Facto que acaba por se revelar “um passo maior do que a perna” e minar todo o processo de digitalização.
A ideia deverá passar por recorrer a um parceiro especializado que aconselhe, acompanhe e ajude a preparar todo este processo e que oriente as pessoas, por forma a não se cometerem erros, precipitações ou exclusão de intervenientes relevantes.
Até porque a transformação digital é como sabemos um processo contínuo, quase uma “filosofia de vida”! O que é atual hoje já está desatualizado e obsoleto amanhã e é preciso ajustar e evoluir continuamente.
Por isso para iniciar um processo de transformação digital, temos de nos focar nos resultados que queremos:
Será reduzir custos ou aumentar a produtividade e eficiência?
O que terá mais impacto para os clientes e para nós enquanto negócio?
É por aqui que devemos começar de forma bem ponderada, estruturada e orientada.
Pela mesma ordem de ideias, o maior risco de uma empresa não começar um processo de transformação digital atualmente é a rápida perda da competitividade.
Para percebermos melhor este raciocínio, se analisarmos bem, constatamos que a economia funciona em ciclos de altos e baixos. Em Portugal desde 1973 os nossos ciclos económicos rondam os 9 – 10 anos. Metade desse tempo estamos a subir, a outra metade a descer! Ou seja 4 – 5 anos a crescer, 4 – 5 anos a decrescer. E existem sempre muitas empresas que surgem no momento do crescimento, que aproveitam a onda positiva! No entanto, 70% das empresas em Portugal duram no máximo 5 anos, porque quando chega ao período da economia decrescer, quem não é competitivo desaparece! Porque os negócios começam a diminuir para todos em todas as áreas, tal como está a acontecer atualmente! Contudo, como vão desaparecer empresas vão surgir oportunidades, uma vez que a concorrência vai poder conquistar os clientes que essas empresas tinham.
Daí ser também na fase decrescente da economia que normalmente surgem modelos de negócio mais disruptivos, que podem ajudar-nos a fazer o nosso negócio de formas mais simples, mais baratas, mais rápidas! É nos tempos de crise que esses novos modelos disruptivos surgem!
Por isso é que nos dias que correm, se as organizações não se digitalizarem, o que vai acontecer é que vai entrar uma empresa mais digital, com metade das pessoas e da estrutura de custos que estas têm, para fazer o mesmo trabalho e vão poder vender muito mais barato o mesmo produto ou serviço!
Portanto, o risco de não digitalizar a nossa empresa, neste momento em que estamos a viver agora, é a falência… porque perderemos clientes para novos players que vão entrar em todas as áreas de negócio e que vão romper com os modelos que existem. O que torna a digitalização de uma empresa atualmente ainda mais crucial é o facto de este processo aumentar a produtividade e o valor para o cliente, conseguindo cada vez mais valor, com menos custos!